“Desde menino, eu tenho a mania do suicídio. Aos sete anos, logo depois da morte de minha mãe, quando eu fui acusado injustamente de furto, tive vontade de me matar. Foi desde essa época que eu senti a injustiça da vida, a dor que ela envolve, a incompreensão da minha delicadeza, do meu natural doce e terno; e daí também comecei a respeitar supersticiosamente a honestidade, de modo que as minhas cousas me parecem grandes crimes e eu fico abalado e sacolejante. (...) Hoje, quando essa vontade me vem, já não é o sentimento da minha inteligência que me impede de consumar o ato: é o hábito de viver, é a covardia, é a minha natureza débil e esperançada”
* Lima Barreto, in “Um Longo Sonho do Futuro”, Ed. Graphia, Rio de Janeiro – 1993.
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Um comentário:
Enquanto houver ódio haverá um ciclo de matança........o efeito dominó colérico do mundo!.......Mas, enquanto houver uma parcela sequer da débil esperança estaremos aqui ...arraizados em nosso medo de desistir.
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