quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Rui Nunes

“Não tenho paciência para ouvir os outros, não tenho paciência para viver, não tenho paciência para morrer, estou aqui, parada, num desequilíbrio interminável, nunca mais acabo de cair, irrito-me se me falam, sofro se me não dizem nada, odeio o gesto caridoso: a mão de alguém nos meus cabelos, o que eu quero é uma voz que me queira, um momento de descanso nessa voz.”

Rui Nunes

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5 comentários:

marcelo grejio cajui disse...

Forte as citações. as vezes me enquadro nelas.

abraço.

Ana disse...

muito bom!

Ana disse...

muito bom!

alexanda disse...

Inspirador e ao mesmo tempo angustiante.

Éderson L.S. disse...

Ao invés de uma voz que nos abrace de leve surgem as palavras, repletas de susuros e amarras que nos encvolvem nas tramas das existências ao mesmo tempo em que tecem as teias que nos constituem. Se não há o que dizer e a impaciencia é evidente, essa será efetiva até que encontremos uma brecha, uma voz que à exemplo de Sherazade, penetre os vazio virginais do sultão que habita em cada um de nós...