“Não tenho paciência para ouvir os outros, não tenho paciência para viver, não tenho paciência para morrer, estou aqui, parada, num desequilíbrio interminável, nunca mais acabo de cair, irrito-me se me falam, sofro se me não dizem nada, odeio o gesto caridoso: a mão de alguém nos meus cabelos, o que eu quero é uma voz que me queira, um momento de descanso nessa voz.”
Rui Nunes
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5 comentários:
Forte as citações. as vezes me enquadro nelas.
abraço.
muito bom!
muito bom!
Inspirador e ao mesmo tempo angustiante.
Ao invés de uma voz que nos abrace de leve surgem as palavras, repletas de susuros e amarras que nos encvolvem nas tramas das existências ao mesmo tempo em que tecem as teias que nos constituem. Se não há o que dizer e a impaciencia é evidente, essa será efetiva até que encontremos uma brecha, uma voz que à exemplo de Sherazade, penetre os vazio virginais do sultão que habita em cada um de nós...
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